APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
Ao tomar consciência da vida o humano questiona a sua existência, encontrando respostas em várias formas de conhecimento: sabedorias populares, artes, religiões, filosofias e ciências. O conhecimento religioso é encontrado através de êxtases e revelações, permeia todos os povos e civilizações e, em geral, é o primeiro dos conhecimentos mais elaborados que os humanos desenvolveram: uma visão simbólica da realidade. Vale observar que o conhecimento científico é obtido por meio de pesquisas mais objetivas e comparativas, metodologia dialógica e observações controladas; o filosófico através de argumentações racionais; e, o conhecimento comum, obtém-se naturalmente nas relações cotidianas.
E então, o que você pensa: vale mesmo a pena a criação de um Parque das Religiões no Recife?
O Espaço das Religiões deve ser um espaço físico e existencial para esclarecer os diversos níveis de participação religiosa, do popular ao filosófico, enfatizando o conhecimento místico que se desenvolve entre e além das diversas expressões. Ele não pode ficar preso aos muros de um grupo religioso, porque destina-se à escuta, à celebração e à meditação sobre as vivências da fé da nossa gente, ajudando assim a fomentar uma sociedade pluralista e democrática. E isso interessa a todos nós!
sonho que se sonha só, é só um sonho…
sonho que se sonha junto, já é realidade!
Vale a pena com certeza!!!
Aliás, um dos traços característicos da Modernidade é, sem dúvida, o Pluralismo Religioso, daí a necessidade de espaços como este. A Modernidade rompe com a visão monolítica presente na época medieval e instaura a pluralização de visões de mundo. Hoje somos desafiados a reconhecer o pluralismo religioso como um princípio básico para a dinâmica do campo religioso contemporâneo. Penso mesmo que o mais surpreendente deste contexto moderno, marcado pela transitoriedade, pelos valores da liberdade do sujeito, pela laicidade do estado, pelo racionalismo e por uma forte tendência secularizante, seja mesmo o fato de um expressivo cenário de pluralismo religioso. A Modernidade não conseguiu suprimir a fé, até o contrário, aguçou-lhe.
Como diria Khalil Gibran:
“Ninguém pode conviver sozinho com a beleza que é capaz de perceber.
E quanto a nós, que buscamos o Absoluto, e que construímos um jardim
usando a nossa própria solidão, a Vida nos deixou a imensa paixão para
aproveitar cada instante, com toda a intensidade”.
Sobre a criação desse espaço, digo que deveria ser criado não só em Recife, mas em cada canto deste país. Nem preciso dizer sobre sua necessidade, as nossas experiências já afirmam isso. Fico muito feliz, mas muito feliz mesmo com esse sonho, sonho também junto com vocês!!
E também acredito que esse lugar deve ter um solo firme, um chão por onde muitos podem pisar e deixar suas marcas reveladas pela sua experiência de fé, filosófica, teológica, pessoal, comunitária… mística.
Enfim, fazer aquilo que a experiência religiosa nos impulsiona a fazer e ser!
oxente, que ideia bonita… mas precisa ter cuidado pra ser um espaço educativo mesmo e não um centro exotérico. é bom que seja pra educar, pra explicar porque as religiões são assim como são e ajudar a pensar como elas podem ser todas mais humanas, humanizantes. e não pra querer ser uma religião a mais, uma super-religião da nova era, né? aí perde o sentido…
O Espaço das Religiões é um projeto que já nasceu vitorioso, uma vez que tem o objetivo de ser um polo de convergência para todas as pesssoas que desejam a paz e a espiritualização do mundo. Está sintonizado com o diálogo interreligioso, o que o coloca na vanguarda das discussões sobre o respeito pelas diferenças de opinião e crença. Estão de parabéns, portanto, todas as pessoas que o apoiam – em especial, a comissão que está à frente do projeto. Que venham novas ideias e vibrações positivas para a materialização de tão importante iniciativa, uma proposta que vem a somar também com o desenvolvimento socioeconômico de Pernambuco e do Nordeste.
O Senhor Jesus, antes de subir ao Céu, confiou aos seus discípulos o mandato de anunciar o Evangelho a todo o mundo e de baptizar todas as nações: « Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas. Quem acreditar e for baptizado será salvo, mas quem não acreditar será condenado » (Mc 16,15-16); « Todo o poder Me foi no céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações, baptizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei. E Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos » (Mt 28,18-20; cf. ainda Lc 24,46-48; Jo 17,18; 20,21; Actos 1,8). Continuem a ler os ensinamentos da Santa Igreja aqui: http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000806_dominus-iesus_po.html
E parem de perder tempo com os ídolos das outras religiões!!!
Pelo que entendi, o Espaço das Religiões visa o conhecimento das mais diversas convicções religiosas, o que pode contribuir para a tolerância entre as crenças. A fé do Homem, a crença na vida espiritual, sempre reveladas ao longo da história pela religiosidade humana, certamente saem valorizadas ao se observarem com muito amor e respeito os inúmeros caminhos que levam ao trascendente, respeitando-se as culturas, as mentalidades, que inevitavelmente se diferem umas das outras, mas que buscam o mesmo objetivo, essencialmente o mesmo.
Anilson Lins
O momento é propicio para o surgimento desse espaço, que se propõe congregar experiências, e propagar conhecimentos para o crescimento espiritual, trazendo paz e prosperidade para a humanidade. Baseio-me na propagação do conceito de Inteligência espiritual, convencionada como QS. Despertar o seu crescimento propicia: “autoconsciência, crença no que se faz e nas pessoas, capacidade em lidar com as adversidades, espontaneidade, capacidade de ir além dos interesses pessoais, a qual busca um sentido maior para a vida, uma visão holística do mundo, amor no trabalho e nas pessoas, o compartilhamento de idéias”. Assim sou de opinião, que o “título do Espaço” transmita o sentido amplo da proposta, sugerida por Frei Aluízio. Parabéns. Evanise Alves.
Torna-se difícil falar em diálogo inter-religioso tendo em vista a realidade de violência que pontua o cenário contemporâneo. São inúmeros os conflitos hoje existentes que trazem a marca ou o condicionamento das religiões. Vivemos tempos de acirramento das identidades e de radicalização etnocêntrica. O horizonte do pluralismo cultural e religioso nem sempre é acolhido na sua positividade. O pluralismo provoca uma crise nas estruturas de plausibilidade que asseguram o nomos das identidades singulares e das comunidades de sentido. Sua incidência sobre os sistemas de crença suscita insegurança intelectual e afetiva, na medida em que rompe os diques de proteção territorial e convoca ao alargamento das fronteiras. O receio da relativização e da desubstancialização dos conteúdos religiosos aciona o desejo de mais segurança, de estabilidade e fundamentação, provocando, assim, reações defensivas e/ou ofensivas contra o universo da alteridade…
O Espaço das Religiões será um lugar para se terapeutizar esse medo do outro!!!
Achei interessante a proposta de criar um “espaço museológico” para as religiões… Afinal, como as religiões vão se acabar em pouco tempo (taí a notícia: http://www.administradores.com.br/informe-se/cotidiano/religioes-podem-deixar-de-existir-em-9-paises-aponta-estudo/43608/ ), então é preciso mesmo construir um museu pra quem quiser saber do que se tratava,,,
Sem dúvida. Existe a necessidade.Recife, como capital com uma diversidade cultural imensa e que esta diversidade passa pelo religioso deve receber de braços abertos este ambiente promissor para animar o entrelace religioso de que tanto o ser humano precisa.
Mauro Azevedo
Espero que esse Espaço seja belo e amplo, que se torne um refrigério para levar a família e fugir da feiúra mormaçenta dos engarrafamentos do Recife. Espero que nele se possa refletir sobre as tradições religiosas, procurando entender a sua importância para a humanidade, suas estruturas e complexidades. Religião, atualmente, é um termo demasiadamente genérico, desgastado e mal aplicado. No senso comum, é natural confundir a instituição religiosa como sendo a religião em si mesma. Mas quando buscamos entender a religião a partir dos seus fundamentos, percebe-se que o caminho não é bem este. A ciência da religião desvelou muitas realidades referentes à religião, uma vez que, a partir dos seus estudos, pode-se compreender que a religião faz parte do processo civilizatório da humanidade e que ela não se reduz a credos nem a instituições religiosas. Espero que esse Espaço cultive a Ciência da Religião! José Américo.
No proximo dia 17 de Maio, as 19h45m Aryamani | d’Auroville, estará em Recife, no Sádhana Yoga, numa Conversa sobre o Yoga Integral de Sri Aurobindo e a Mãe, e tambem sobre Auroville – onde reside desde o ano de 1979.
Aryamani é uma brasileira, que foi aluna do Prof Rolf Gelewky na Escola de Dança da Bahia (UFBA) e através dele conheceu Sri Aurobindo e a Mãe. Desde o inicio Aryamani tem atuado ativamente nessa aventura de “construir” Auroville. Esteve recentemente envolvida na construção de “uma cidade dentro da cidade” http://www.citadyn.org.
Nesse momento Aryamani tambem se ocupa da tradução para o portugues de uma das grandes obras de Sri Aurobindo – A Vida Divina.
Ela fará um tour pelo Brasil – Sao Paulo, Recife, Salvador, Vitoria, Belo Horizonte, Rio e outras cidades e ainda, Chile, Suiça e Finlandia.
Além desse momento do dia 17 de maio, Aryamani fará uma oficina nos dias 21 e 22 com o tema: “Um Sorriso Mais Profundo”.
Para saber mais detalhes, acesse nosso site – http://www.yogarecife.com.br ou ligue para (81) 3077 3707
Namastê
Sádhana Núcleo Cultural de Yoga
Rua das Graças | 178 | Graças | Recife | Pernambuco
Acredito que o Espaço das Religiões deverá cultivar sim as várias ciências que se dedicam ao estudo da religião, como a Antropologia, a Sociologia etc. É de suma importância para a humanidade o máximo conhecimento sobre o tema. Creio inclusive que, por ser dedicado a um público muito vasto, o referido espaço deverá utilizar-se de uma linguagem acessível ao homem médio, não se limitando a discussões altamente acadêmicas.
Anilson Lins